quinta-feira, 24 de maio de 2012

A perfeição

Aceitar-se como um ser humano cheio de limites e fraquezas, é acima de tudo, sinal de equilíbrio paz consigo mesmo e felicidade. Em um mundo onde devemos postular a perfeição em todos os sentidos, aceitar nossa fraquezas e reconhecer que podemos errar é algo grandioso. Algo que meu espírito ainda não absorveu; com excelência, mas o tempo e as experiências vividas sempre nos trazem modificações positivas. Assim vou tentando Absorver minha condição terrena de imperfeição, fraqueza pelo perfeito e indissolúvel é uma medicação que embora continua eu tome com moderação.

domingo, 13 de maio de 2012

A intrínseca ligação da Vida

Pessoas  totalmente estranhas, continuam estranhas... Em umas horas num parque da cidade eu presenciei um lutador de artes marciais se aperfeiçoando, uma família em um pequinique, uma família brasileira falando em inglês e jogando futebol.

Senhoras confabulando sobre a arte do homem que gritava, saltava tentando melhorar sua performance. Por momentos fico absorta em meu livro, em outros tento imaginar a vida das pessoas que chamaram a atenção por estarem tão próximas e tão distante ao mesmo tempo. 

Que vida tem estas pessoas? Como sobrevivem a tecnologia, a pressão do poder de compra, as tensões familiares, ao desejo da perfeição. Dei um longo passeio pelo parque olhei as pessoas nos olhos, uns me cumprimentaram por educação ou empatia, outros de trouxeram um olhar sombrio de volta. Tudo parecia em uma perfeita harmonia como descreve Fritjof Capra em seu livro A teia da Vida. uma harmonia estranha onde ninguém se conhece e convive é como um zoológico a céu aberto, todos olhando o que os outros fazem tentando se divertir ou fingir aparente diversão.

Sorrisos, beijos apaixonados, a fúria e a leveza dentro do mesmo corpo, o treino da língua (parábola), jeitinho brasileiro do jogo, os contos do casal de idosos que se encontram,  a ave que sai do lago, a mulher que acompanha com certo desejo o corpo definido do atleta, o namorado que percebe e se chateia, a vida seguindo, por pessoas que não se conhecem, mas que de alguma maneira estão ligadas. Pelo agora enquanto me lembro delas, de suas atitudes e modos, e que mesmo que não mencione seus nomes ou os descreva quem sabe talvez alguém que leia o post se recorde que passou parte do dia no parque e se identifique com a situação. Assim neste momento estaremos ligados também - nesta teia virtual/real da vida.

sábado, 12 de maio de 2012

O caminho

Quando me dei conta do que era viver, planejei toda minha vida, cada detalhe, cada passo a ser dado, tudo calculado milimétrica mente para chegar onde eu queria. Só tinha um problema eu não sabia onde queria chegar. E quando a gente não sabe onde quer chegar não há calculo exato, nem caminho correto, nem decisão acertada ou errada. Nós apenas vivemos e desviamos do que nos parece errado, e tomamos caminhos que nos parecem reais, e vivemos vidas que talvez não sejam nossas, ou vivemos uma vida de uma personalidade que criamos a partir daquilo que achamos que é o correto ser.  

Mas a vida está aí todos dias, percebendo ou não tomamos atitudes que nos dizem ei, você se desviou do caminho, volta... ta aí não tem caminho o objetivo se perdeu, afinal ele nunca existiu. Então que fazer agora? É como um filme para adolescente que assisti a algum tempo.. De repente 30.. e o que foi feito? 

Umas cicatrizes de infância, muitos corações partidos, muitas vezes o meu, tantas outras de outros, lembranças doces como olhar um dia sem nuvens, outras que parecem tempestades sem fim. Velhas fotos, onde cada uma parece um poema, marcas do tempo, do vento, dos sentimentos na face.

E a garota que sonhava em mudar o mundo com novas descobertas científicas, hoje tão acostumada a rotina e ao que a sociedade prega como o "ideal de vida" não consegue mudar a ordem das roupas no roupeiro. não pinta mais as unhas de azul, ou o cabelo de rosa, não fala mais o que pensa, perde dentro de si o que sente...

A vida vais nos moldando a maneira como permitimos, e entre uma crise e outra, um surto e um momento de plena lucidez o tempo passa, os dias transcorrem, entram novas cotações monetárias, novos governantes, novas medidas, novas religiões, todos temos direitos, e nossos devemos como "seres humanos" não são mais necessários, o próximo se olha com medo, já não se sabe mais em quem confiar...

Mas o isso não importa, o que importa para mim agora é saber onde me perdi no caminho que comecei para o nada!