domingo, 13 de maio de 2012

A intrínseca ligação da Vida

Pessoas  totalmente estranhas, continuam estranhas... Em umas horas num parque da cidade eu presenciei um lutador de artes marciais se aperfeiçoando, uma família em um pequinique, uma família brasileira falando em inglês e jogando futebol.

Senhoras confabulando sobre a arte do homem que gritava, saltava tentando melhorar sua performance. Por momentos fico absorta em meu livro, em outros tento imaginar a vida das pessoas que chamaram a atenção por estarem tão próximas e tão distante ao mesmo tempo. 

Que vida tem estas pessoas? Como sobrevivem a tecnologia, a pressão do poder de compra, as tensões familiares, ao desejo da perfeição. Dei um longo passeio pelo parque olhei as pessoas nos olhos, uns me cumprimentaram por educação ou empatia, outros de trouxeram um olhar sombrio de volta. Tudo parecia em uma perfeita harmonia como descreve Fritjof Capra em seu livro A teia da Vida. uma harmonia estranha onde ninguém se conhece e convive é como um zoológico a céu aberto, todos olhando o que os outros fazem tentando se divertir ou fingir aparente diversão.

Sorrisos, beijos apaixonados, a fúria e a leveza dentro do mesmo corpo, o treino da língua (parábola), jeitinho brasileiro do jogo, os contos do casal de idosos que se encontram,  a ave que sai do lago, a mulher que acompanha com certo desejo o corpo definido do atleta, o namorado que percebe e se chateia, a vida seguindo, por pessoas que não se conhecem, mas que de alguma maneira estão ligadas. Pelo agora enquanto me lembro delas, de suas atitudes e modos, e que mesmo que não mencione seus nomes ou os descreva quem sabe talvez alguém que leia o post se recorde que passou parte do dia no parque e se identifique com a situação. Assim neste momento estaremos ligados também - nesta teia virtual/real da vida.

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